Redenção de Judas
Antigo lidador, de hostes políticas,
Trazendo no rol, chamas de Ideal,
Sofre revés, vive horas críticas,
E vem com Jesus, o Celeste Fanal.
Traz no Carma, lastros maduros,
Vincos tristes, de dias pretéritos…
Torna a cair, em tratos mais duros,
Troca o Céu, por atos sem méritos.
Na Palestina se trama a revolta,
É a grandeza material do momento!
Querem liberdade, a Pátria solta,
E afastar Jesus, era o intento.
Afastando Jesus, usariam as gentes,
Assim pensou Judas, o imprudente…
Assaltariam os fortes, ódios candentes,
E após voltariam, a Jesus o Clemente…
Disse ao Sinédrio - Não O toqueis!
E este, astucioso, assim admitiu…
O que aconteceu, bem o sabeis,
Pois quem prometeu, não o cumpriu!
Judas traído, foi reclamar,
Ouvindo coisas de estarrecer…
Eis o fraco, então a penar,
E dizendo - Hei de morrer!
Vai e morre, e paga nas vidas…
Segue rogando, penas cruéis…
Queimada em Joana, tem redimidas,
Dívidas e dívidas, e alcança lauréis!
Ressurge na vida, vai continuar,
Aceita serviço, nas terras do Sul,
Estácio de Sá, volta a lutar,
Vence na Pátria, do Cruzeiro do Sul.
Mais tarde retorna, chama-se Cruz,
E no Osvaldo, tem o prenome.
Vencendo na vida, graças a Jesus,
Vai-se da carne, cheio de renome.
Deixando a carne, ressurge na Vida,
Contempla a Terra e faz por amar…
Roga ao Céu, e encontra guarida,
Jesus é quem diz - Vai trabalhar!
Ingressa, então, no celeste labor…
Acompanha a falange, ei-lo a curar!
Mais ainda, estende o Consolador,
Escreve uma Série, que é de alegrar!
É assim mesmo, graças a Jesus,
Que lhe ofertou, canaleta feliz;
Expande a Doutrina, que é Luz,
Pois sendo André, também é Luís.
Inclinai-vos, ó irmãos de jornada,
Face à reencarnação libertadora!
Alertai os ouvidos, ouvi a clarinada,
Abraçai o Espiritismo, a Graça consoladora!
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